CONTEMPORÂNEA QUE NÃO MORRE NUNCA, MIKE KELLEY
Mike Kelley (1954/2012) Nasceu Detroit. Graduou-se na Michigan University e fez pós graduação ma California Institute of Arts. Trabalhou com desenho, objetos, assemblages, colagens, instalações, performance e vídeo. Seus temas abrangem gênero, sexualidade, perversão, criminalidade e baseia-se na história, política,filosofia e rock underground. Suas obras estão em grandes museus do mundo. Participou das Bienais de Lyon, Valência e Whitnney.
Por Marcio Fonseca (ArtArte)
Ao longo de 35 anos de trabalho, Kelley basicamente integrou a contracultura na arte contemporânea e conseguiu fundir discursos sobre o mais genuíno quotidiano da América mediana em diferentes plataformas. Sempre provocatório, umas vezes atraído pelo simbolismo, outras pela performance de grande escala ou pelo ritualismo (Day is Done, por exemplo, em que reencena rotinas do liceu com figurantes e lhes dá toques de doença mental), foi também crítico e curador. Todos os que acham que o desconhecem afinal conhecem-no - pelo menos pela capa de Dirty (1992), dos Sonic Youth. Mike Kelley é, sublinha-se por aí, um dos mais importantes artistas americanos da segunda metade do século XX: aluno de John Baldessari (que ensinou umas coisas ao mestre - "Ele era o melhor, um pouco como Jesus") e de Laurie Anderson, um músico das cenas art punk e noise com bandas como os Destroy All Monsters, "um polímata", um génio que "usava todas as partes do seu cérebro", resume o amigo e artista Tony Oursler.
Por Joana Amaral Cardoso (publico.pt)
Mike Kelley tratou as relações de classe na América, elevou poeticamente conforto e desconforto em móbiles de peluche (Deodorized Central Mass with Satellites, 1991-1999), mas também trabalhou a sexualidade ou as memórias reprimidas. Uma parte de si não saiu do liceu e agora, a sua retrospectiva acontece numa antiga escola. Uma primeira camada de exploração da citação escatológica ou sadomasoquista, um recheio de desprezo, repulsa ou paródia dos sistemas religiosos. Mike Kelley apontava o dedo, mesmo se (ou especialmente porque) era feio. "A minha entrada no mundo da arte foi através da contracultura, onde era prática comum pegar em material da cultura de massas e "pervertê-la" para a inverter ou alterar o seu significado... A cultura de massas é escrutinada para descobrir o que é que está escondido, reprimido no seu interior", disse Kelley, citado pelo MoMA na apresentação da exposição homônima.
Por Joana Amaral Cardoso (publico.pt)
Agradecimentos para Marcio Fonseca (ArtArte) e Joana Amaral Cardoso (publico.pt)
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